terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Inovação para a conveniência

Há uma máxima recorrente em nosso meio, mas apesar de conhecida, ainda vemos muitas organizações fracassarem olhando para os motivos errados. “Quando o ritmo das mudanças fora da sua organização é mais rápido do que dentro dela, você será engolido”. E é uma questão de tempo para uma organização que não consegue acompanhar o ritmo do seu setor, entrar em decadência.
É relativamente comum ver também em alguns meios, gestores comemorando quando a organização superou resultados do ano anterior, esquecendo de verificar como foi o ritmo de crescimento e de inovação dos concorrentes. Se a organização cresceu e evoluiu menos que os concorrentes, na verdade, não deveria se comemorar, pois se perdeu preferência do mercado, encolhendo, ficando para trás na posição relativa. De qualquer forma, é preciso cada vez mais inovar na forma de pensar, na forma de fazer e de gerir.
Tanto a colaboração, como a competição tem um papel importante no processo de inovação. Por este motivo, o gestor precisa ao mesmo tempo promover algum nível de competição na busca pela inovação, principalmente na fase inicial, como gerar colaboração para que as soluções encontradas se complementem em benefício da organização e por consequência, dos clientes atendidos. Apesar da ideia ser antiga, ainda é pouco explorada, pois Alexander Graham Bell afirmava que “As grandes descobertas e melhorias invariavelmente envolvem a cooperação de muitas mentes. Posso receber os méritos por ter aberto o caminho, mas quando olho os desenvolvimentos subsequentes, sinto que o crédito devia ser dado aos outros, não a mim.”
A diversidade de pensamentos, contando com pessoas de talentos e posicionamentos diferentes é que faz uma organização inteligente, inovadora e principalmente preparada para imprevistos e ameaças que um grupo de especialistas em somente uma área teriam maior dificuldade para perceber a aproximação. Desde que todos tenham o foco no cliente, é preciso envolver profissionais com talentos diferentes para encontrar as melhores soluções.
Os clientes devem estar no centro da estratégia de inovação, mas é preciso compreender realmente os desejos e necessidades das pessoas. A maioria das organizações não consegue entender exatamente o que o cliente busca e por isso não consegue fidelizá-lo. É preciso entender principalmente aquilo que o cliente não expressa, utilizando diferentes mecanismos de observação, pesquisas e métricas, com indicadores estatísticos para apoiar as decisões. Muitos clientes não sabem o que não sabem e por isso são necessárias análises mais complexas do que a opinião deste ou daquele, ou rápidas enquetes.
É preciso que nossa empresa seja a solução para o problema que o cliente tem, ou tinha e muitas vezes nem se dava conta. Outro dia numa entrevista me perguntaram: “Na sua opinião, qual o negócio do futuro?” Respondi sem pestanejar: “Os negócios do futuro serão aqueles que mais facilitarem a vida das pessoas.” E não tenham dúvidas, amigos leitores, as organizações que oferecerem mais conveniência, ou seja, facilidade de acesso, facilidade de pagamento, facilidade de funcionamento e entendimento, rapidez, conforto e outros, será preferida sempre, em relação a quem não oferece estas, ou algumas destas condições.
Todo o profissional da área de confecções já entendeu que o tamanho único não serve para todos e assim fica cada vez mais claro que os produtos ofertados no mercado precisam atender as necessidades específicas dos clientes. As pessoas querem soluções únicas, pelo menos que pareçam únicas, para que elas se sintam tratadas como únicas, especiais e tendo as suas necessidades tratadas com a atenção que elas entendem que merecem. Para fazer isso cada vez melhor, a organização necessita de inovação em todos os setores e principalmente vindas de várias pessoas que possam interagir e gerar soluções que facilitem a vida de cada um dos seus clientes, ou clientes pretendidos.
Que você possa ser mais inovador, um abraço e até a próxima!    

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vida profissional é meio ou é fim?

                “Apenas o otimismo honra o ser humano. O pessimismo aproxima-se muitas vezes da inação, da imobilidade, e nossa história é a negação do pessimismo.” Mário Sérgio Cortella
Numa entrevista para a HSM Management, o admirado pensador Mário Sérgio Cortella, provoca os leitores com questões existenciais e filosóficas como “ter” e “ser”, que geram angústias e afligem muitos executivos, incluindo situações como a demissão e a aposentadoria. Outro estudioso, Jean Bartoli relembra que o fato de que atualmente a inserção social se dá por meio da vida profissional. A questão que se põe é que cabe a cada um de nós olhar a profissão como um meio ou um fim.
                Para muitas pessoas a vida familiar é que é fundamental, enquanto a vida profissional serve de sustento da família e do indivíduo, o que não é impeditivo para ser um profissional honrado, digno e eficiente, não mudando nada em termos de desempenho.
Os estudiosos acreditam que a angústia que aflige os executivos no momento de um desligamento está associada ao sentimento de pertencimento a um grupo cada vez mais forte na sociedade, especialmente, na ocidental. O desligamento de uma organização seja por demissão, transferência ou aposentadoria obrigam a pessoa a retornar para a sua estrutura individual, o que principalmente para aqueles que priorizam a vida profissional é mais difícil. A pessoa sente que perde, por exemplo, um sobrenome corporativo, que na maioria das vezes, dá uma identidade mais ampla.
                A recomendação é para superarmos pelo menos três desafios:
1-      Excesso de informações e escassez de tempo – é preciso discernimento para a escolha das atividades prioritárias e eliminar as tarefas desnecessárias. Para isso é preciso disciplina, foco e concentração;
2-      Pessimismo sobre a situação econômica – visões otimistas ou pessimistas podem alimentar círculos virtuosos ou viciosos na economia das organizações. O otimismo por sua vez não pode ser ingênuo, portanto, precisamos de um otimismo crítico, para sermos realmente construtivos;
3-      Ética e valores – se a grande questão da economia é como vamos sobreviver, a grande questão da ética é como vamos conviver e as duas são fundamentais para responder como vamos viver. Os princípios éticos não são imutáveis, pois precisam ser postos dentro dos devidos contextos. A ética é sempre de uma comunidade, de um coletivo e  de um tempo, conforme defendem estudiosos como Cortella.
O combate ao utilitarismo e o produtivismo da sociedade ocidental é feito por vários grupos, referindo-se aos momentos de trabalho e também de lazer. A visão mais hedonista da vida vai ganhando espaço neste combate. Para o grupo que prefere aproveitar a vida sem compromissos coletivos, tendo apenas o compromisso consigo mesmo e com o próprio prazer, o que pode-se entender como hedonismo maléfico, possivelmente haverá mais dificuldades de convívio social, na contemporaneidade.
Já para o hedonismo mais positivo, que recusa o trabalho como um fim em si mesmo, o que vale é o que é essencial para a vida, como a amorosidade, afetividade, sexualidade e religiosidade. Produtividade, rentabilidade, lucratividade e a ideia de competitividade são fundamentais, mas não essenciais nesta linha de pensamento. O fundamental é aquilo que ajuda a chegar no essencial.


Com este breve reflexão, espero que você possa ser e ter para alcançar o essencial! Até a próxima!    

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mudando em 1 minuto

                Costumo dizer que um dos recursos mais escassos que temos é o tempo e é fácil observar que muita gente não faz o melhor uso deste precioso recurso que todos nós temos. Temos o mesmo volume de tempo disponível, pois todos temos 24h por dia, 7 dias por semana..., mas alguns parecem fazer muito mais com o seu tempo do que outros, não é mesmo?
Para lidar melhor com o tempo é preciso ter em mente que cada minuto tem muito valor, pois são muitas as variáveis que podem mudar neste tempo. É possível dar muitas chances para o novo na nossa vida, aproveitando o melhor de cada minuto vivido.
Ana Costa, colaboradora da revista Venda Mais, na edição de janeiro de 2014, fez uma lista do que pode ser feito nestes preciosos 60 segundos que somam um minuto:
- contar uma história;
- tomar uma grande decisão;
- salvar uma vida;
- cair no sono;
- escolher um caminho;
- acordar para a realidade;
- montar um origami;
- descobrir uma verdade;
- compor uma música;
- ir em frente;
- sorrir para o mundo;
- dar um abraço sincero;
- solucionar um problema;
- fazer alguém feliz;
- pedir desculpas;
- dizer “eu te amo!”;
- fazer a diferença;
- inventar um personagem;
- mudar sua vida;
- olhar ao longe;
- preparar uma receita de micro-ondas;
- dar um passo;
- fazer um novo amigo;
- ter uma grande ideia;
- gostar de si mesmo;
- apreciar um bom trabalho;
- fazer uma boa ação.
                O que mais poderia ser acrescentado na lista? Fazer uma venda; fechar um negócio; fazer uma oração de agradecimento; elogiar alguém; ler uma bela mensagem...   
Podemos muito em 1 minuto e muito mais em tantos minutos que constituem a nossa vida. Aproveitar cada minuto da melhor maneira possível é o único caminho para valorizar este recurso precioso e escasso que é o tempo. Já utiliza-se o tempo para medir muitas atividades e valorá-las, situação que estará cada vez mais presente em nossas vidas pessoais e profissionais. Por isso, gerir este precioso recurso é estratégico para quem deseja desenvolver-se.

Desejando que você possa aproveitar cada um dos seus preciosos minutos, agradeço a atenção e até a próxima!    

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Escolhas, atitudes e desafios

“Não tenha medo de se arriscar. O maior fracasso é não tentar. Descubra o que você ama fazer e seja o melhor nisso.” A frase é de Debbi Fields e muito propícia para este ano desafiador que se apresenta para todos nós.
               
2014 já está no 2º mês e se apresenta como altamente desafiador para todos nós. Tenho certeza que os amigos leitores estão com dúvidas, alguns em maior outros em menor número, sobre o que pode acontecer e como vai se desenrolar sua vida pessoal e profissional neste e nos próximos anos. Para termos mais certezas, mais segurança no nosso futuro, a única condição possível é reforçar nosso poder pessoal e isso somente é possível quando tomamos as rédeas de nossa própria vida.
                Quanto mais conscientes de que a vida que temos é resultado direto ou indireto das escolhas que fizemos no passado, fica mais claro que são as escolhas que fazemos neste momento, que vão nos levar para resultados melhores. Fazendo a mesma coisa sempre, teremos sempre o mesmo resultado. Aqueles que estão plenamente conscientes de que são as suas escolhas e atitudes para tomar decisões grandes ou pequenas no presente, são mais determinantes que a influência do governo, do clima, dos colegas e outros, para os resultados da sua vida, mostram claramente que é assim que se obtém melhores resultados e vive-se mais satisfeito com o que a vida proporciona.
                Procure refletir sobre quais os seus principais objetivos pessoais e profissionais para os próximos anos e também os motivos pelos quais ainda não os alcançou. Depois, procure avaliar com máxima sinceridade, quais destes motivos são realmente fatores externos e quais são internos, ou seja, conscientize-se de que você tem pleno domínio das escolhas que determinarão que seus objetivos sejam alcançados.
É preciso lembrar também que nossas escolhas são determinadas pelas nossas atitudes, que são especialmente determinadas pelos motivos que nos levam às ações de nosso dia a dia e às ações que nos aproximam e ou afastam dos nossos objetivos. Assim, o passo seguinte e igualmente importante é encontrar um foco para seus esforços, em meio a tantas possibilidades que a vida vai apresentando. Não é mera indecisão das gerações mais novas, algum nível de dúvida sobre quais as melhores escolhas, pois é fato notório, o crescente número de oportunidades, possibilidades, caminhos, opções que surgem. A dificuldade está em fazer as escolhas mais adequadas para alcançar os objetivos pessoais e profissionais. Evidentemente ao fazermos nossas escolhas corremos o risco de errar, porém, é preciso ter consciência de que não decidir, é um erro mais grave. Desta forma, o caminho é clarear aquilo que amamos fazer e a partir daí incorporar e colocar foco nas atitudes que resultem em ações que contribuam gradativamente para o alcance dos objetivos.
Quanto mais claro ficar para você, aquilo que você ama fazer, quanto mais você assumir que são as suas atitudes que determinam os resultados da sua vida, mais facilmente você poderá canalizar a sua energia para o foco dos seus objetivos. Com isso, tenho certeza que você obterá mais rapidamente os resultados que você espera para sua vida pessoal e profissional.

Desejando que em 2014 você assuma definitivamente as rédeas da sua vida e assim consiga alcançar os objetivos que proporcionarão a vida que você sonha, finalizo a coluna desta semana. Um abraço!    
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